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Seja em um bairro nobre ou de periferia. Seja fazendo a sua parte ou não. Em uma cidade como Fortaleza, com um elevado número de casos de Dengue, Zika e Chikungunya, todos estão suscetíveis a ter alguma dessas doenças. Porém, há locais em que os números de casos são ainda mais alarmantes. 

Aqui contamos as histórias de Gomes e Márcia, moradores de bairros distintos (e distantes) da Capital, mas que se preocupam e sofrem com as consequências dessas doenças.

vida em meio aos focos

Foco: Messejana

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Gomes da Silva trabalha há 23 anos no condomínio José de Alencar. Ele é responsável por administrar os serviços de coleta, limpeza e segurança do residencial. “A gente está sempre de olho nos possíveis focos do mosquito”, diz.

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Apesar das orientações e ações de prevenção no condomínio, os moradores têm dificuldade de realizar de pequenas ações, como descartar de forma adequada seus resíduos. “Mesmo com as lixeiras vazias, as pessoas colocam no chão o lixo. Os moradores não têm o hábito de fechar os cestos”, critica.

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Apesar das orientações e ações de prevenção no condomínio, os moradores têm dificuldade de realizar de pequenas ações, como descartar de forma adequada seus resíduos. “Mesmo com as lixeiras vazias, as pessoas colocam no chão o lixo. Os moradores não têm o hábito de fechar os cestos”, critica.

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“Os agentes de endemias dificilmente vêm por aqui. A não ser quando algum morador solicita porque pegou alguma doença do mosquito. Mas, não visitam a área comum do condomínio”, declara. Gomes avalia a importância das visitas dos agentes de endemias para orientar ou averigar se as medidas de prevenção estão sendo eficazes.

Foco: Messejana

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“A gente tira as águas dos vasos de plantas. É uma ação de prevenção. Então, os nossos moradores são recomendados a derramarem vasilhas com águas”, afirma Gomes. Mas, as recomendações não são suficientes. Há moradores ainda insistem em manter hábitos antigos. “Tem morador que tira uma porta, pneu e deixa na garagem. Eu peço para os zeladores ver se tem água acumulada nesses objetos, principalmente nos pneus”, conclui.

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As caixas d´água dos blocos são vistoriados e fazem parte das atividades do condomínio. “A gente vistoria quatro vezes por semestre as 13 caixas d´água. É quando renovamos a água do condomínio”, explica

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“Sempre teve casos de dengue aqui porque nessa área quando chove aparece muito mosquito. As ruas ficam alagadas porque não há escoamento”, explica. Segundo os dados do Sistema de Monitoramento Diário de Agravos, a regional VI é a segunda região com o maior número de casos de dengue do município, com uma taxa de incidência de 417, 74 casos por 100 mil habitantes.

Foco: Benfica

Foco: Benfica

A funcionária pública, Márcia Portela, mora no bairro Benfica há mais de 20 anos. Sua mãe de 85 anos foi uma das acometidas pela Chikungunya e todo os dias a visita para adotar todos os cuidados necessários. “Foi uma surpresa para a gente porque no quarteirão da rua da mamãe muitas pessoas foram vítimas. E nós fazemos a nossa parte”, diz impressionada.

Foco: Benfica

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“A coleta de lixo ocorre regularmente nas terças, quintas e sábado. Os agentes de endemias sempre visitam a casa da mamãe e vistoriam os possíveis focos do mosquito por isso a nossa surpresa”, relata. Além da mãe de Márcia, outros quatro familiares contraíram a febre da chikungunya.

Foco: Benfica

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Devido aos casos dentro da família, Márcia se preocupou em intensificar as medidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti. “A gente tem a preocupação porque a mamãe adora plantas. Aí a gente eliminou os vasos de plantinhas com água.”, afirma.

Foco: Benfica

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“Muitos amigos do meu trabalho tiveram a doença. É por isso que eu acho que já tive porque o meu médico disse que há pessoas que tem chikungunya e não apresentam os sintomas. Mas, eu adoto os cuidados diário. Passo sempre repelente, por exemplo”, cita os seus cuidados diários.

Foco: Benfica

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Ela também troca a água da gatinha de estimação regularmente.

Foco: Benfica

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Segundo os dados do Boletim Epidemiológico da Prefeitura da 22ª semana, mais de 70% dos óbitos por Chikungunya corresponde a idosos acima de 70 anos. “O primeiro que teve foi o meu irmão. Logo depois, foi a minha tia. E eu pensei: ‘Meu Deus minha mãe não pode pegar essa doença porque ela tem mal de parkinson’. E em questão de 15 dias depois, a mamãe foi acometida”, relata.

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